Como funciona o e-commerce em Portugal
Atualmente, é possível adquirir qualquer produto ou serviço online a qualquer hora e em qualquer lugar do mundo, usando apenas um computador, um tablet ou um simples smartphone.
Uma análise completa sobre as tendências de consumo dos portugueses tem que passar, necessariamente, pelo e-commerce.
Se, em 2018, 49% dos portugueses efetuaram uma compra online de alguma espécie, em 2020 essa percentagem atingiu os 57%, número que, contudo, continua a ficar aquém da média da UE que se situa nos 72% (dados Comissão Europeia).
Os dados são claros e expressam uma franca oportunidade para empreendedores que pretendem atualizar-se digitalmente e satisfazer novos consumidores que procuram, comparam e compram online.
Primeiro, confira vantagens e desvantagens do comércio eletrônico:
Vantagens
• Loja disponível 24h por dia.
• Inexistência de barreiras físicas.
• Comodidade.
• Poupança de tempo em deslocações e filas de espera.
• Processo de compra melhor informado.
• Em qualquer lugar e dispositivo (smartphone, tablet…).
• Custo de implementação reduzido comparado a lojas físicas.
• Mensuração de dados em tempo real (acesso às estatísticas, visitas, taxa de abandono …).
• Atendimento não presencial. (Será uma vantagem? Em alguns casos, sim. Sexshops online não param de crescer.)
Desvantagens
• Impossibilidade de experimentar o produto antes da compra.
• Inexistência da experiência sensorial de loja (tocar, sentir, cheirar o produto).
• O processo de compra de produtos não é imediato envolvendo processos de entregas.
• Nem todos os produtos podem ser vendidos online (por exemplo venda de gelados online).
Com o e-commerce têm surgido novas ideias de negócios e empresas de sucesso, que atingem elevados números de clientes, dada a inexistência de barreiras físicas, fazendo-se chegar aos 4 cantos mundo.
A internacionalização é uma estratégia de crescimento de muitas empresas que expandem as suas vendas através de canais digitais.
A base dos excelentes resultados está na implementação de estratégias de webmarketing e SEO (referenciamento) que permite eficazmente segmentar targets e encontrar potenciais clientes.
População digital
A utilização da Internet continuou a crescer, ao longo dos últimos anos, e, em 2019, a penetração atingiu os três quartos dos portugueses. Já considerando o efeito da pandemia, prevê-se que em 2020 a penetração da Internet atinja os 81% da população.
O Norte, Centro e Alentejo são as regiões do país que apresentam as menores taxas de penetração na utilização da Internet.
Mais da metade dos internautas fez compras online (51%) em 2019, valor que subiu para 57% em 2020, devido à pandemia.
A pandemia é também responsável pela alteração de comportamentos de compra online: cerca de 60% dos compradores online afirmam ter aumentado o valor das suas compras através da Internet.
A intensidade de compras na Internet aumentou, com 73% dos compradores online fazendo em média mais do que 3 a 5 vezes compras por mês. Compram agora mais em lojas online portuguesas e menos em sites estrangeiros, apesar de ainda serem maioria.
Qual o perfil do comprador dos e-commerces em Portugal?
A maioria dos compradores atualmente são do sexo feminino, adultos com idade entre os 25 e 34 anos que moram predominantemente nas grandes cidades, como Lisboa e Porto.
Há uma média cada vez mais alta de compras anuais, devido ao aumento do número médio de produtos por compra e ao aumento da frequência das compras (a cada 3 meses). O valor médio da compra é de 39,7€ e o gasto médio anual em produtos via e-commerce é de 548,4€.
Os consumidores compram majoritariamente em sites de e-commerce internacionais. A China é o país com maior importação, seguido da Espanha e Reino Unido e smartphones são os principais gadgets utilizados para fazer compras e acessar a internet (cerca de 99% dos consumidores o utilizam).
A rede social mais utilizada é o Facebook, embora esteja em declínio. Seguidamente encontra-se o Instagram que tem aumentado a popularidade. Os consumidores compram por terem acesso a um desconto que não encontram em loja física e pela facilidade de compra, entrega e de poderem comprar a qualquer hora e em qualquer lugar e a maior variedade de produtos face às lojas físicas.
A maioria dos utilizadores compraram vestuário e calçado online no último ano. As refeições prontas registaram o maior aumento em comparação com anos anteriores. Outras categorias de produtos que cresceram também acima de 20% foram acessórios para veículos, puericultura, material de desporto, produtos e acessórios para animais, utensílios para o lar, celulares, suplementos alimentares, produtos farmacêuticos e similares e eletrodomésticos.
As categorias em que é menos frequente existir uma pesquisa online a anteceder a compra em loja física são “suplementos alimentares”, “produtos farmacêuticos e similares”, “produtos frescos”, “vouchers e experiências” e “puericultura”.
Perspectivas para o futuro do e-commerce português
Espera-se que nos próximos anos haja um envolvimento cada vez maior dos compradores online, com aumento do número de produtos, categorias de produtos e aumento dos gastos por compra por parte dos compradores.
O aumento do uso de PayPal e de cartões virtuais também é previsto, com um crescimento do número de encomendas recebidas no local de trabalho ou no domicílio.
Há também a tendência ao aumento do número de compras nacionais, em lojas mais próximas do consumidor e que demoram menos para entregar produtos.
Os vendedores online preveem que as vendas online irão continuar a aumentar, junto de uma ambição cada vez maior para a abertura de lojas online com vendas internacionais, com destaque para os mercados da Europa e África, especialmente através de aplicações mobile e Marketplaces.
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