Metamorfose Empreendedora – construindo empresas com propósito
Empresas nunca deveriam ser constituídas considerando uma necessidade. Elas deveriam representar as intenções de seus fundadores, tornando-se empresas com propósito.
A questão que reflito é por que em tempos que valores pessoais são alardeados, criar uma empresa parece, em minha análise, muito mais estar ligado a sua rentabilidade do que realmente a um alinhamento com este ponto?
Minha visão sobre o tema é que vivemos momentos de transformação. Muito mais transformações pessoais do que nas corporações.
Elas, as corporações, ainda são dominadas por gerações que não enxergam com tanta clareza a questão do propósito.
Enquanto isso, startups que nascem já têm em seu DNA esta essência. Pensando em empresas que existem e dominam o mercado e os novos entrantes que divergem quase que opostamente na maneira e modelo de empreender, entendo que a confusão está feita.
Sobre este ponto de conflito, enxergo o que chamo de “Metamorfose Empreendedora”. Ou compreendemos as mudanças comportamentais que estamos vivendo ou continuamos ignorando um cenário de mudança inevitável.
Construir empresas com propósito é o único caminho possível. Faz sentido para você?
Se sua resposta foi sim, mas não compreende por onde começar, continue lendo este artigo.
UM NOVO MUNDO
Não vivemos apenas uma Era de mudanças. Estamos vivendo uma mudança de era. É necessário aceitar que um novo mundo está à nossa frente.
Precisamos compreender que as pessoas e negócios já estão vivendo essa transformação e aprenderam a utilizar as possibilidades trazidas pela revolução digital.
O novo mundo trouxe mudanças nos modelos de negócios e na sociedade que nos levaram para novas economias e comportamentos.
Este é o século da diversidade, da busca pelo acesso e democratização, da reputação, da convivência, do diálogo entre pessoas diferentes, da consciência e da proteção do planeta.
Em seu modelo de negócio ou ainda projeto de negócio, estes pontos que elenco estão compreendidos e sendo vividos por você?
Construir um modelo que não leve em conta o que já está sendo realidade no mundo é tentar fazer algo como se seu mercado consumidor fosse o de vinte anos atrás.
Será mesmo que faz sentido construir algo sem considerar estes movimentos? Digo a você que quando falamos na Europa, boa parte de tudo que comentei acima é ainda mais latente.
No Brasil, com a bonança que temos de recursos naturais, em muitos momentos temos a falsa ilusão de que não nos falta nada.
DISRUPÇÃO E EMPREENDEDORISMO
Diante de todas as rupturas dos velhos moldes e da busca pelo novo, uma coisa é certa: pessoas e organizações precisam estar preparadas para este novo ambiente que já é uma realidade.
Falar sobre revolução digital, evolução social e da indústria, sustentabilidade e tecnologias exponenciais tem se tornado comum, temas altamente difundidos na sociedade em função da sua importância.
Contudo, saber o que realmente fazer com eles e como aplicá-los é o que você precisa entender antes de empreender ou internacionalizar.
Em nossa visão de internacionalização, temos a consciência de que a inovação e a compreensão dos cenários possíveis são essenciais para que seja construída uma verdadeira empresa com propósito.
Acreditamos que quando falamos de internacionalização estamos nos referindo à inovação.
CONHECIMENTO APLICADO E ORGANIZAÇÕES EXPONENCIAIS
Atuo em diversas organizações em programas de internacionalização. Posso, aqui, pontuar para você um fato: Se você ou sua empresa não se transformarem, a transformação acontecerá sem você.
Já vimos até este momento que as empresas precisam gerar mais significado e, diante de tantas transformações, continuar acreditando em velhos modelos simplesmente não faz sentido, ou ainda, você pode estar perdendo a oportunidade de mudar de rumo.
Uma organização exponencial é aquela que se libertou da barreira de uma força de trabalho excessiva e, por isso, tem uma velocidade de operação e de crescimento muito mais rápida.
Claro que estamos falando de ter tecnologia dentro destas organizações, mas o ponto essencial é ter significado que seja compreendido por quem compra ou usa seus produtos ou serviços.
Podemos dizer que esta é a era do fim das organizações conformadas. A visão de que os ciclos dos negócios estão cada vez mais curtos, provocam a nossa visão a sempre estar atento às mudanças de comportamento das pessoas.
Desta maneira, estar, por exemplo, conectado ao mundo, não deveria ser apenas uma visão de estratégia, mas sim um novo mindset de conexão com outros mercados e culturas.
Quando iniciamos nossa empresa em Portugal, tínhamos muitas dúvidas e quase nenhuma certeza, mas tínhamos como desejo forte criar um hub para que a inovação fosse o ar que seria respirado.
Assim, nasceu o Atlantic Station. Quando digo que existe um enorme ativo em tudo já criado por nós em Portugal, não estou exagerando. Sua visita à nossa sede é bem-vinda e vale para conhecer o que está acontecendo.
CULTURA DA INOVAÇÃO
Chegamos aqui e gostaria de dizer a você que não se trata de tentar achar culpados do porquê não fizemos ou estudamos o que era necessário para mudar nossas empresas ou construir empresas que falem com o mundo de uma maneira mais aderente.
A questão é que para quem quer estar preparado o momento é esse. Temos problemas por todos os lados e não podemos deixar de aproveitar a abundância de complicações e, desta forma, empreender.
Sempre digo que onde alguns enxergam problemas e reclamam, outros constroem modelos de negócio que geram riqueza sempre partindo do que faz sentido para quem empreende e para o mundo.
Cultura de inovação é quando a sabedoria de perceber as mudanças se transformam em aprendizado real. Sabedoria é a escalada exponencial de conhecimento que um ser humano, atento aos aprendizados da vida, acumula ao longo dela.
Quando um ambiente possibilita a troca de experiências e a construção de novos modelos temos, neste momento, a sabedoria sendo percebida.
Internacionalizar tem como pilar a humildade de entender o outro para que desta troca, possa surgir o novo.
Uma metamorfose empreendedora está acontecendo aqui e agora. Você quer fazer parte de quem transforma e movimenta ou quer sentir alguém bater nas suas costas dizendo que tudo já mudou?
Sobre isso, tenho dois convites para você.
O primeiro, é sobre o tema deste artigo. Se ele chamou a sua atenção e faz sentido para você aprofundá-lo ainda mais, saiba que recentemente escrevi um livro sobre esta metamorfose. Convido você a conhecer este trabalho que desenvolvi aqui: Metamorfose Empreendedora.
Segundo, lembre-se: você não está sozinho. Conte conosco neste processo para levar com inovação a sua empresa para o mundo.
Quando quiser começar este planejamento, agende um momento para conversarmos e juntos, discutiremos seu futuro em Portugal.
Forte abraço!
Sobre o autor,
Benício Filho – Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP, com MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Vendas pelo Instituto Venda Mais, Mestrando pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação e pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atualmente também está concluindo o curso de bacharelado em Filosofia pela universidade Salesiana Dom Bosco. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Cofundador dá Palestras & Conteúdo, Sócio da Core Angels (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio fundador da Agência Incandescente, sócio fundador do Conexão Europa e da Atlantic Hub (Empresa de Internacionalização de Negócios em Portugal), atua também como Mentor e Investidor Anjo de inúmeras Startups (onde possui cerca de 30 Startups em seu Portfólio), além de participar de programas de aceleração como SEBRAE Capital Empreendedor, SEBRAE Like a Boss, Inovativa (Governo Federal) entre outros. Palestrando desde 2016 sobre temas como Cultura de Inovação, Cultura de Startups, Liderança, Empreendedorismo, Vendas, Espiritualidade e Essência, já esteve presente em mais de 230 eventos (número atualizado em dezembro de 2020). É conselheiro do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), bem como em outras empresas e associações. Lançou em dezembro de 2019 o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas” e em dezembro de 2020 “Do Caos ao Recomeço”.
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